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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

EUGÊNIO COIMBRA JR.

( Brasil – Pernambuco )

 

( 1905 – 1972 )

 

Eugênio Teixeira Coimbra Júnior (Recife, 15 de fevereiro de 1905 - 21 de março de 1972) foi um jornalista e poeta[1] brasileiro.

Atuou como jornalista no Jornal do Recife, Jornal Pequeno, Jornal do Commercio (Recife) como redator.

Foi membro da Academia Pernambucana de Letras, primeiro ocupante da cadeira 38.
Publicou o livro de poemas Poemas de abril e outros poemas.

Homenagem
Em sua memória, como poeta e jornalista, o Conselho Municipal de Cultura do Recife instituiu o Prêmio Eugênio Coimbra Júnior" para agraciar poetas.

Biografia:  https://pt.wikipedia.org/wiki/

 

CAMPOS, Antonio; CORDEIRO, Claudia.  PERNAMBUCO, TERRA DA POESIA - Um painel  da poesia pernambucana dos séculos XVI ao XXIRecife: IMC;  Rio de Janeiro:     Escrituras, 2005.  628 p.
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

POBRE AMOR

Senhora, vou contar-vos um segredo
que há muito tempo docemente embalo.
Se não vos contei já, não foi por medo
que avaro fui somente em conservá-lo.

Faz vinte anos que tendes um vassalo
(Vede que tudo começou bem cedo).
Desde então nem vos olhos nem vos falo.
Feliz, muito feliz, com este segredo.

A vida separou nossos caminhos:
Tivestes rosas, eu só tive espinhos.
E ambos envelhecemos. Mas como arde

Aquele estranho afeto do passado!
— Mas, o segredo ficará guardado
que agora é tarde, amor. É muito tarde.


(In  Seleta de autores pernambucanos, 1967, p. 174)




DOIS SONETOS DE ABRIL

I

Tépido sol de abril, céu azulado
Com nuvens brancas, natureza viva.
E o vento rodopiando na lasciva
Folhagem deste parque abandonado.

Hora do meio-dia.  Enamorado
Gorjeio de ave alada, terna e esquiva
Desde como lembrança rediviva
Do meu pobre passado sem passado.

Busco a mim mesmo.  A tarde tece cores
Novas na meia lua, entre a folhagem
O homem não está.  Fugiu com seus amores

Ficou-lhe a sombra que se curva e chora
Lembrando a paisagem outra paisagem
Retocada de luz.  Havia aurora.



II

Agora, neste abril, olhos fechados.
Mãos sobre o peito — derradeira imagem.
Foram-se outros abris na vã miragem
De outros abris felizes, sossegados.

Este abril te levou.  Foi na paisagem
De um meio inverno e luares desolados
Que afinal nós nos vimos separados
E tu te foste na final, viagem

Sempre voltaste quando no abandono
Te achavas só. Apagaram-se os círios
E agora não vens mais que eterno é o sono.

Não sei como viver o mês de maio.
Se é o mês das flores, mandar-te-ei dois lírios
Tão brancos quanto o teu último desmaio.


   (Eugênio Coimbra Jr. que se fez passagens, 1983, p. 41-42)

 

 

*

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:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/pernambuco/pernambuco.html

 

Página publicada em setembro de 2022

 


 

 

 
 
 
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